Um trabalho de equipe...

Vamos mostrar o que desenvolvemos no Estágio Obrigatório em Língua Portuguesa II e no Estágio Obrigatório em Literatura (1º semestre de 2012) e conhecer também as experiências docentes de nossos colegas.



sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Rosilene Ferreira de Araujo - Polo de São Gabriel do Oeste

Estágio Obrigatório em Literatura



Juntei na mão
os meus poemas
e lanceio-os ao deserto
para que as areias
se transformem em protesto
Costa Andrade


Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) vieram como uma forma de uniformizar o ensino, apesar de não ter caráter normativo. São quatro os temas estruturadores: usos da língua; diálogo entre textos: um exercício de leitura; o ensino de gramática: algumas reflexões; o texto como imaginário e a construção do patrimônio cultural. Cada tema se subdivide em competências gerais e especificas, sendo que os eixos temáticos formam uma rede de conhecimento, com base em competências, conteúdos e conceitos. Segundo, os PCN’S de Língua Portuguesa:

“Ao ler este texto, muitos educadores poderão perguntar onde está a literatura, a gramática, a produção do texto escrito, as normas. Os conteúdos tradicionais foram incorporados por uma perspectiva maior, que é a linguagem, entendida como espaço dialógico, em que os locutores se comunicam.” (PCN, 2002, p. 144).


A Literatura também é a prova de que a linguagem só existe enquanto interação social, pois é escrita por alguém que deseja ser compreendido pelo outro, sem a relação entre autor, texto e leitor não há Literatura.A literatura desenvolve em nós a quota de humanidade na medida em que nos torna mais compreensivos e abertos para a natureza, a sociedade, o semelhante.” (CÂNDIDO, 1995, p. 249). Dessa forma, podemos constatar que a Literatura amplia o horizonte de conhecimentos e ao mesmo tempo colabora para a compreensão do mundo em que vivemos.
Uma das preocupações em relação à leitura perpassa o Letramento Literário, que segundo (SOARES, 2004, p. 45-46), “As pessoas se alfabetizam, mas não necessariamente incorporam a prática da leitura e da escrita, não necessariamente adquirem competência para usar a leitura e a escrita, para envolver-se com as práticas sociais da escrita: não lêem livros, jornais, revistas, não sabem redigir um ofício, um requerimento, uma declaração, não sabem preencher um formulário...”  A ação de alfabetizar (ensinar o código escrito) insere-se em uma prática maior: a de introduzir o aluno na cultura escrita, ou seja, torná-lo letrado. Nessa perspectiva, não cabe mais escrever ou soletrar palavras e frases. É preciso ir além: ensinar o aluno a aprender a ler e a escrever, compreendendo também o significado social e os contextos diversos do uso da escrita. Nesse sentido, observa-se que a leitura realizada em sala de aula é fragmentada, pautada na utilização do livro didático e não se utiliza outros recursos para cativar efetivamente o aluno para a importância da leitura em sua formação. Logo, os professores precisam buscar esta consciência de que existe a clara necessidade de uma escola voltada para a formação de cidadãos que transformem a nossa realidade e esta somente será atingida quando houver a real existência de uma escola que busque o conhecimento como fator abrangente.

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