Um trabalho de equipe...

Vamos mostrar o que desenvolvemos no Estágio Obrigatório em Língua Portuguesa II e no Estágio Obrigatório em Literatura (1º semestre de 2012) e conhecer também as experiências docentes de nossos colegas.



sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Luzia de Fátima de Oliveira Teles - Polo de Água Clara

Estágio Obrigatório em Literatura



A experiência de Regência em Literatura no Ensino Médio levou-me a diversas reflexões. A Literatura é uma das disciplinas mais exploradas nos anos iniciais do Ensino Fundamental, ainda que não sistematicamente. Porém percebemos que ao final do Ensino Fundamental a mesma já não se torna tão interessante, prazerosa como era nos anos iniciais. De acordo Held apud Maia 2007, p.50, “a narração fantástica reúne, materializa e traduz todo um mundo de desejos (torna-se invisível, mudar de tamanho, compartilhar da vida animal), que a essência do fantástico reside na interpretação entre sonho e realidade”, nos anos iniciais alguns professores exploram muito bem essa fantasia. Por que essa mesma paixão não perpetua nos anos finais? Isso é caso par uma investigação.
      A experiência do Ensino de aulas de Literatura no Ensino Médio foi um grande desafio, mas gostei muito, me identifiquei com essa disciplina. Como afirmei anteriormente, penso que a mesma precisa ser repensada nas aulas com os alunos do ensino médio, os alunos precisam atribuir significados a ela, se reconhecer dentro dela. Apesar da grande maioria dos alunos que entrevistamos nos dizerem que gostam e acham importante a literatura, nos parece que eles não compreenderam bem sua significação, muitos nos disseram que ela era importante para passar no vestibular, ter boas notas no ENEM/Exame Nacional do Ensino Médio, e sabemos que seu objetivo é bem maior, de acordo com Held apud Maia 2007, p.51,

A Literatura fantástica e poética é antes tudo e indissociavelmente, fonte de maravilhamento e de reflexão pessoal, fonte de espírito crítico, porque toda descoberta de beleza nos torna exigentes e, porque é essa recriação que desbloqueia e fertiliza o imaginário pessoal do leitor, é que é indispensável para a construção de uma criança que, amanhã, saiba inventar o homem (1980: 234).

Sempre fui apaixonada por literatura, ainda que em minha infância não a reconhecesse com essa nomenclatura. Mas tive um pai que era leitor e principalmente contador de “causos”. E isso me permitiu desenvolver essa paixão pela literatura, porém essa não foi e não é a realidade de muitos alunos. Para “reinventar o homem”, são necessárias experiências literárias significativas, desafiadoras, reflexivas.
No último dia 22/06/2012 tive a oportunidade de visitar a “Cidade das letras”em Campo Grande, fiquei deslumbrada com tanto livro, muitos alunos também a visitavam, espero que esta experiência lhes tenha proporcionados o despertar para grandes leituras literárias.


REFERÊNCIA

MAIA, Joseane. Literatura na Formação de leitores e professores. São Paulo. Paulinas. 2007.

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