Um trabalho de equipe...

Vamos mostrar o que desenvolvemos no Estágio Obrigatório em Língua Portuguesa II e no Estágio Obrigatório em Literatura (1º semestre de 2012) e conhecer também as experiências docentes de nossos colegas.



sexta-feira, 29 de junho de 2012

Tineke Johanna Bronkhorst - Polo de São Gabriel do Oeste


O Estágio Obrigatório de Língua Portuguesa II foi realizado no período noturno da Escola Estadual Creuza Aparecida Della Coleta, localizada no bairro Jardim Gramado, em São Gabriel do Oeste. A região é formada por moradores, em sua maioria, oriundos das classes sociais C, D e E. Tais características podem ser vistas ainda mais durante o período noturno, quando se deu a realização do estágio. Isso porque as classes, especificamente as do 2º e 3º anos do Ensino Médio, são formadas por trabalhadores cuja carga horária é de, no mínimo, oito horas diárias em empresas locais como o frigorífico Aurora e a Cooperativa Agropecuária de São Gabriel do Oeste (Cooasgo), locais onde o esforço físico é bastante exigido. Apesar do cansaço aparente e presente durante todas as aulas, os alunos buscavam dedicar-se ao máximo àquelas horas de estudo, sabendo da importância da conclusão do Ensino Médio para alçar novos voos na vida pessoal e profissional.
Essas características foram essenciais na hora de focar a montagem dos planos de aula e as apostilas com atividades e conteúdos. Pensando nisso, era necessário criar atividades dinâmicas, que mantivessem a atenção do aluno focada durante toda a apresentação do conteúdo.
Deparamo-nos então com este que é o desafio dos acadêmicos atualmente. Buscar novos horizontes no ensino da Língua Portuguesa nas escolas públicas e particulares brasileiras, para que o aluno compreenda o conteúdo e crie amor à disciplina. Para tanto, buscamos utilizar ferramentas tecnológicas na apresentação do conteúdo, como vídeos disponíveis na internet e músicas do gosto cotidiano dos alunos.
Durante as oito horas-aula em que estivemos à frente da classe, percebemos que, para sermos educadores, não basta estar apenas inserido no contexto escolar. É preciso estar atento aos novos métodos de ensino, à realidade de cada aluno presente em sala de aula, buscando a intermediação real entre o aluno e o conhecimento. O professor é, de fato, um mediador, e não apenas transmissor do conhecimento.
Para os trabalhadores, por mais difícil que seja, a Educação é uma ferramenta para se construir uma vida melhor. Ela, porém, concorre fortemente com trabalho e família. Em nossas duas turmas, principalmente, pudemos perceber o esforço imenso que cada estudante estava fazendo para estar ali presente e tentar buscar o conhecimento que, para eles, é a porta para um futuro melhor – principalmente no campo profissional, de cujo sucesso dependem a esposa, o marido, os filhos. 
 Ora, percebemos então o quanto é importante que também nós, educadores, dediquemo-nos de corpo e alma para auxiliar estes estudantes a alcançarem o sucesso na vida acadêmica, transformando-os em cidadãos críticos, participativos e prontos para enfrentar, quiçá, uma nova etapa acadêmica

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