Um trabalho de equipe...

Vamos mostrar o que desenvolvemos no Estágio Obrigatório em Língua Portuguesa II e no Estágio Obrigatório em Literatura (1º semestre de 2012) e conhecer também as experiências docentes de nossos colegas.



sexta-feira, 29 de junho de 2012

Sirene Maria da Silva Martins - Polo de Água Clara


O Estágio Obrigatório de Língua Portuguesa, como os demais estágios são obrigatórios e essenciais a formação acadêmica. Durante esse período é que coloquei em prática o conhecimento adquirido no decorrer de formação acadêmica. O estágio foi um processo de ensino e aprendizagem que possibilitou o desenvolvimento de competências, habilidades referentes às práticas de ensino de conteúdos escolares seus conceitos, objetivos e metodologias.
Inicialmente na disciplina de Estágio Supervisionado foi elaborado um projeto que atendia as necessidades das demandas do ensino médio, com um trabalho fundamentado nos estudos realizados sobre compreensão leitora. O Projeto “Ler, alimento da Alma”, objetiva a formação de leitores críticos e a inclusão de um trabalho dinâmico com alunos e  comunidade escolar. Porém o projeto não foi realizado conforme elaboramos. Devido os Referencias Curriculares Nacionais do Ensino Médio que padronizam os conteúdos dados. Houve a iniciativa de fazer um Mini-curso no contra turno, também ficava fora da realidade escolar tanto dos alunos como dos acadêmicos. Não teríamos alunos, porque a grande maioria são alunos vindos da zona rural, como adolescentes que trabalham no período ocioso. Mesmo não sendo realizado serviu como fonte de conhecimento, porque a pesquisa feita para sua elaboração muito me serviu com alimento da alma.
No período destinado a observação da realidade escolar, percebi como o processo administrativo e pedagógico funciona dentro de uma instituição de ensino da rede estadual.
Realizamos o preenchimento do questionário técnico administrativo como toda a observação solicitada.  Houve um acontecimento lamentável uma semana após nossa observação e co-participação. O fato interferiu em toda a comunidade escolar o falecimento de uma coordenadora, morte natural. Deixo registrado meu sentimento, toda a perda deve ser sentida. Entretanto na observação da realidade das salas de aulas, fiquei muito feliz em ver que as salas que observei os alunos  são livres de qualquer tipo de preconceito. Chamou-me atenção dois casos, por tratarem de adolescentes o convívio descontraído dos garotos com outros garotos homossexuais e a maneira inusitada de abordagem dos alunos e da professora com um garoto especial com séria lesão mental, foi um momento único pra mim. Eles comunicavam com tanta naturalidade que pareciam ter criado uma linguagem própria. Até agora me emociono em relatar.  Num país onde o preconceito tem nome, cor e sexo, onde pessoas são queimadas vivas por serem pobres, índias, pretas. Muito me emocionei ao ver uma amizade sem fronteiras. Isso sim é educação inclusiva. È a naturalidade de um processo  de ensino, sem respaldo de políticas públicas, dentro  dos rincões de um país estrategista porém sem ações que consigam solucionar o básico: a educação. Conheci um lugar onde os estudiosos não fazem questão de conhecer. Como já mencionei onde coordenadores e direção ainda não conseguiram adquirir livros para todos os alunos no tão complexo PNLD. Mesmo assim está a metros de distancia da discriminação.
Na co-participação fiquei a disposição da professora executando atividades esporádicas e sem dificuldades. Todo o processo de ensino e aprendizagem desses dois período foram primordial para nossa formação acadêmica.
Tendo como prioridade uma concepção de ensino de qualidade e direcionado. Usei de estratégias diversas para a formulação de aulas, que fossem de encontro com o nosso público alvo, que são adolescentes.  Onde uma grande quantidade destes alunos é oriunda da zona rural com disposição para contar muitas histórias e experiências, historias essas que poderiam dificultar muito o conteúdo proposto ou enriquecer as aulas. Pautada em orientações da professora de estágio, elaborei aulas dentro da realidade vivenciada pela turma, com adequações e diversas possibilidades de intervenções.
A regência ocorreu da forma que esperava, a prática de ensino e aprendizagem consiste em um processo complexo de construção de conhecimento, dentro desse contexto de ensinar e aprender, de estratégias e ações.  Confirmei o que já havia traçado na minha infância, vou ensinar quem tem sede de aprender. Serei professora em eterno aprendizado. Talvez  não seja a melhor, mas sei que serei única.

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