Um trabalho de equipe...

Vamos mostrar o que desenvolvemos no Estágio Obrigatório em Língua Portuguesa II e no Estágio Obrigatório em Literatura (1º semestre de 2012) e conhecer também as experiências docentes de nossos colegas.



sexta-feira, 29 de junho de 2012

Marta Ruth Monasterio Hoffmann - Polo de Água Clara


Após a conclusão do estágio chega o momento de reflexionar sobre a minha formação profissional: professor de Língua Portuguesa, etapa em que foi necessário desenvolver habilidades e conhecimentos fundamentais necessários para atuar consciente e positivamente. Não existem fórmulas prontas para conduzir uma aula em sala com alunos reais, pois cada uma e cada aluno é um mundo a parte, e o processo ensino-aprendizagem se constrói pela interação entre educadores e educandos por meio do diálogo e tendo por objetivo a construção do conhecimento.
ANTUNES (2003, p. 20) diz que no processo de ensino e aprendizagem “o que passa a ter prioridade é criar oportunidades - oportunidades diárias para o aluno construir, analisar, discutir, levantar hipóteses, a partir das leituras de diferentes gêneros de textos – única instância em que o aluno pode chegar a compreender como, de fato, a língua que ele fala funciona”.
Como estagiária de Letras reflito sobre como deve ser minha prática pedagógica a fim de evitar concepções equivocadas de língua, linguagem e ensino de língua, prática que leve em conta as variações dialetais, a diversidade linguística a fim de evitar o preconceito e a exclusão social.
A teoria aplicada na prática da vivência escolar através do estágio de Língua Portuguesa para alunos do ensino médio ocorreu na Escola Estadual Marechal Castelo Branco – Água Clara, onde pude vivenciar a realidade educacional e social existente entre escola-professor-aluno. Observando essa realidade estou consciente que o professor que eu desejo ser não se forma de uma só vez, existe um processo a ser levado em consideração, limites, possibilidades sociais e econômicas e políticas de um grupo destacado da sociedade com sua história e realidade. Diante desse quadro percebo que devo abandonar minha individualidade e penetrar no mundo da escola e dos alunos para através de planejamento e reflexão conseguir que eles se apropriem de conteúdos que signifiquem conhecimento.
O estágio com alunos do ensino médio causou, até certo ponto, inquietação aos meus ideais, por neles constatar alienação, desinteresse na aquisição de seu próprio conhecimento, tal atitude reforça a minha convicção de que como professores temos o dever de possibilitar ao aluno condições para que desenvolvam suas habilidades intelectuais, seu pensamento crítico-social e sua cidadania. Essas condições me fazem questionar sobre a minha formação, de estar preparada para uma prática educacional consciente. Ninguém se torna professor em apenas um momento e, para formar pessoas aptas, conscientes e responsáveis, há de se buscar a prática, a experiência, o conhecimento.
 O professor “precisa ter recebido e continuar a receber uma formação científica consistente, que se apodere dos resultados da pesquisa linguística, que tome a consciência das etapas de evolução e progresso do campo científico ao qual pertence. Enfim, que seja, em tempo integral, um pesquisador, um curioso, um lingüista, um teorizador que busque enfrentar suas próprias limitações, compreendendo o quanto antes que precisa de formação teórica permanente e consistente, feita de tal modo que institua e alimente relações de autonomia [...], que inclua a criação de estratégias, a experimentação, a análise compartilhada, a partir da interpretação que faz da teoria e da realidade em que está inserido. (WEISZ, 2000, p.121)
O resultado do estágio de Língua Portuguesa para alunos do ensino médio é a certeza da função social que o professor deve ter, de intermediar o aluno com o conhecimento, de instigar da curiosidade pela descoberta através da pesquisa, de despertar no alunado a amor pelo saber e aprender.

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